28 de abril de 2009

MAIS CRISE À VISTA

Rafael Araújo
Internacional


A crise econômica realmente está afetando os países europeus. Países considerados desenvolvidos vêem seus mundos desabarem na sua frente, e de mãos atadas, apenas lamentam.

França, Itália, Alemanha e Inglaterra estão entre os que apresentam uma ausência de soluções para o problema da crise mundial e expõe o enfraquecimento dos países da UE (União Européia).

Partidos políticos de esquerda de praticamente todos os países vem demonstrando suas fragilidades ao propor idéias para a crise mundial.

É interessante salientar que recentemente ocorreu a tão repercutida reunião do G-20 como uma tentativa de resolver o problema que vem afetando o mundo. É..., foi apenas uma “tentativa”, porque até agora... Pelo menos não sentimos ainda um efeito concreto dessa reunião.

Na França, o presidente Nicolas Sarkozy é um líder impopular e representante da direita clássica, enquanto o Partido Socialista francês (PS), maior agremiação à esquerda, não há líder algum.

A Itália também enfrenta um problema sério. O Partido Democrático (PD)- uma fusão de ex-comunistas e sociais democratas decidiu não se aliar a partidos menores mais radicais. O resultado? A derrota de Valter Veltroni para o conservador Silvio Berlusconi, coligado com a Liga Norte, um movimento de matizes fascistas, além da perda de cadeiras no legislativo. Para o cientista político Fabio Liberti, pesquisador do Instituto de Relações Internacionais de Paris, a situação não é boa. “Viva a esquerda está, mas ela atravessa um deserto de idéias”, explica.

Já a Inglaterra e a Alemanha vivem uma situação mais indefinida pois seus Partidos Progressistas enfrentarão eleições até o começo de 2010. Gordon Brown, aliado ao Partido Trabalhista e primeiro-ministro britânico precisa de propostas que convençam o eleitorado face à crise que afeta o país em cheio. George Jones, cientista político da London School of Economics and Political Science (LSE) comenta. “Se a economia melhorar e a população sentir efeitos diretos no nível de emprego, então os trabalhistas terão chances. Caso contrário, eles serão culpados pelo fracasso”.

Na Alemanha, a situação é semelhante. Os sociais-democratas do SPD alemão, partido de esquerda, são considerados culpados pela opinião pública, já que o ex-chanceler Gerhard Schöreder permitiu um nível de liberalismo econômico radical entre 1998 e 2005. Agora o desafio é recuperar a confiança do eleitorado.
A situação está preta, não só para os países mais pobres e considerados subdesenvolvidos mas para os poderosos e ricos também. O que mais assusta é que nem todas essas cabeças pensantes juntas conseguem resolver esse problema. Será que estamos prestes a presenciar um colapso econômico? Bem, é melhor preparar os bolsos...

Um comentário:

  1. Interesante coluna para reflexão às vésperas do dia do trabalhador.
    Eis um elo que nos une aos países desenvolvidos: A crise mundial.
    Salve-se quem puder

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