16 de abril de 2009

O GETULISMO RETORNA EM 2010

Rafael Sicoli
Política

A última pesquisa CNI/IBOPE de março de 2009 noticiou que, para as eleições presidenciais de 2010, José Serra lidera com 41% das intenções de voto, Ciro Gomes com 16% e Dilma Roussef detém 11%, logo atrás.

Uma articulação entre Ciro Gomes e Dilma Roussef que visa o continuísmo da base do governo, já saiu do papel e chama-se ‘’operação Pernambuco’’, leva esse nome porque relembra as eleições de 2006 quando a oposição de Humberto Costa(PT) e Eduardo Campos(PSB) derrotaram o candidato apoiado pelo governo pernambucano Mendonça Filho(DEM)

Com o avanço do candidato tucano nas pesquisas, a gerência governamentista busca na candidatura de Ciro Gomes, um modo de levar a eleição a segundo turno e depois consolidar uma aliança para manter por mais 4 anos a situação que está no poder.

Seria irrelevante ou até pura matéria jornalística se não pudéssemos traçar um paralelo da situação anteriormente exposta com o Brasil de Vargas. Em 1945, Getúlio cria o PTB, um partido para o operariado e entrega a chefia do mesmo a seu filho Lutero Vargas, por outro lado cria o PSD, um partido conservador e oligárquico que foi comandado por seu genro Ernani Amaral Peixoto.

Desse modo o candidato de Getúlio, Eurico Dutra por meio de uma aliança entre PTB-PSD vence a oposição representada pela UDN na eleição de 1945, por uma diferença de mais de 1 milhão de votos.

Vale lembrar que, em 1998 Ciro Gomes foi oposição à Lula, de 2003 até 2006 foi Ministro do governo petista e há menos de um ano repreendia a política econômica do Brasil. Agora volta a procurar futuras alianças com o governo.

Acabar com os interesses partidários e pessoais e levar em conta o interesse da nação é uma necessidade que se arrasta há muito tempo dentro de um país que nunca ostentou uma democracia sólida, onde sempre o poder esteve nas mãos de poucos e a palavra mudança é sempre uma promessa, como uma flor que brota com a esperança da maioria e murcha nas mãos dos poderosos.

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