A possível causa da falta de leitura dos Jornais Diários
De acordo com uma pesquisa realizada em 2007 pelo Instituto Paulo Montenegro, associado ao IBOPE e em parceria com a ONG Ação Educativa, a situação educacional do Brasil melhorou. No entanto, ainda está longe de ser considerada ideal.
A pesquisa mostra que 7% da população brasileira é analfabeta, enquanto 32% são analfabetos funcionais. Mas, o que é o analfabetismo funcional? O analfabeto funcional é a pessoa que consegue decodificar palavras, frases, textos curtos e números, porém não consegue interpretá-los ou realizar operações matemáticas mais complexas.
Daí surge uma pergunta importante: será que esses dados explicam o fato de a população brasileira não ler jornal frequentemente?
A partir de agora viajaremos um pouco no passado e veremos quais eram os assuntos abordados pelos jornais e quais eram as classes que o liam, além de fazer uma relação com presente.
Do Jornalismo de serviço ao Jornalismo de Idéias
Vimos na postagem anterior um pouco sobre o jornalismo de serviço e alguns assuntos abordados pelo mesmo. A sua função principal era prestar serviço às pessoas, por meio de notícias e assuntos que as interessassem, como informações sobre o cotidiano, previsão do tempo e indicadores. Havia também as folhas volantes, que publicavam notícias econômicas e comerciais, também casos extraordinários como, por exemplo, histórias sobrenaturais. Porém todas as informações eram restringidas à elite, ou seja, nobres, e logo depois à burguesia, porque as classes mais pobres não tinham acesso à escola e à educação.
Depois veio outra fase do Jornalismo. O Jornalismo de Idéias.
O auge do Jornalismo de Idéias se dá em meio a Revolução Francesa, cujos ideais eram a liberdade, fraternidade e igualdade. Entre as razões para o surgimento do Jornalismo de idéias estão a difusão da alfabetização, expansão dos serviços de correio e revolução burguesa.
Participaram dessa revolução banqueiros, grandes comerciantes (alta burguesia), artesãos, agricultores e intelectuais. E nos jornais se destacam principalmente os argumentos de revolucionários contra a monarquia. Enfim, todos os grupos daquela época (entre eles os jacobinos e os girondinos) lutavam pelo mesmo ideal: a queda da monarquia, do feudalismo e o crescimento do capitalismo industrial.
Já no Brasil, a imprensa tem início com a chegada da família real. No começo, os jornais tinham como função apoiar o rei e eram importantes fontes de educação para o povo, pois tratavam assuntos complexos de maneira simples, atingindo as classes menos favorecidas. No período que antecedeu a independência, os jornais mostravam debates políticos, além de preparar o povo para o regime liberal. Na metade do século XIX, os jornais passam a publicar contos literários de famosos escritores como José de Alencar e Machado de Assis, e também abordar assuntos de interesse feminino, alcançando um público até então desconhecido. No final do mesmo século, ideais republicanos começam a dominar as redações e o movimento abolicionista ganha força. Nessa época, o jornal fazia parte da sociedade brasileira, sendo a mais importante fonte de informação.
Hoje em dia, os jornais estão tomados por uma variedade de assuntos. E não tem como principal finalidade mobilizar a população para um determinado interesse político, seu objetivo é apenas informar e trazer de certa forma um entretenimento à população. No entanto, ainda assim o povo não o lê. Isso nos remete a primeira pergunta: será que o índice de analfabetismo e analfabetismo funcional são os principais causadores desse desinteresse pela leitura? Ou há algum outro motivo desconhecido? Será que falta algo nos jornais que chamem a atenção do público?
Comparado a França, o Brasil está muito atrasado. Segundo uma pesquisa, 1,4 milhão de jovens entre 15 e 24 anos já leem um jornal diário. Então, cabe a cada um de nós, futuros jornalistas, ao governo e a própria população reverter esse quadro humilhante.
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Jornal Impresso x Internet
O surgimento do jornal impresso não foi um acontecimento ao qual todo mundo teve acesso ao mesmo tempo. Levou séculos para que os jornais pudessem ser reconhecidos em todos os países.
A comunicação sempre fez parte da vida do ser humano. Todos em um conjunto vivem “presos” ao meio da comunicação, cujo papel é essencial dentro de uma sociedade, independente da classe social.
Depois de muitos anos trabalhando em busca da tecnologia ideal, eis que surge o Rádio, a TV e a recentemente a Internet. Meios de comunicação que mudaram e ainda mudam o desenvolvimento da mente dos seres humanos.
A capacidade de interpretar os fatos, de aprofundar as noticias procurando não só a causa mais sim os causadores conquistaram a fidelidade dos leitores. Sendo assim, um dos mais importantes meios formadores de opinião. Mas a influência da internet sobre o jornal impresso é indiscutível.
As vantagens são muitas, entre elas a rapidez, o relatar dos fatos e a facilidade de acesso. Com essas características o jornalismo teve que se adaptar com a nova realidade.
O jornal impresso irá acabar? Enquanto uns apostam no fim do impresso, outros por sua vez recorrem a fidelidade dos leitores. A comunicação impressa sobreviveu à criação do rádio e até mesmo da tv, uma batalha que muitos consideravam perdida. Por que não superar a mais nova mídia, a Internet?
Folha Volante |
Olá! Eu me chamo Laís Aparecida Colombini, e assim como vocês, estou cursando o 1°semestre de jornalismo aqui na Metodista.Minha turma é Noturno1.
ResponderExcluirGostei muito do blog de vocês!!!Achei ótimas as postagens, o layout, as indicações de livros e filmes....me agradou mesmo!
Queria também agradecer em especial ao Rafael Rodrigues que viu nosso blog e comentou um post.Acho bacana está interatividade entre as classes.Afinal, apesar de estudarmos em salas e turnos diferentes,não somos todos Jornalistas e Metodistas?!Agradeceria muito mesmo se vocês "linkarem" o meu blog no de vocês, pois ele já está "linkado" no nosso.
Agradeço desde já,
Laís Colombini(vitrinedanoticia.com)