Paula Caldeiram
Cultura
Existe um leitor ideal?
A procura por um leitor ideal ainda é objeto de desejo de muitos escritores, jornalistas e outros ligados à escrita e as discussões são intermináveis em mesas de debate e reflexão. Mais afinal o que é que defini essa pessoa e mais que isso onde é que termina ou começa o perfeito?
Pergunta sem resposta para muitos, para outros inacessível. Já mim, trata-se de um leitor que flue a imaginação com a obra, é quando há uma identificação entre leitor e personagem. Este é capaz de entender a essência e finalidade de sua criação.
Como bem disse Brás Cubas, o leitor é também o problema da obra. Hoje ele se define como crítico, editor e também “palpiteiro”. E com a velocidade da informação que circula atualmente é também historiador, ele não escreve somente sua opinião. Trata-se de um estudo completo e de uma contextualização daquilo que se vai comentar.
O surgimento desse leitor mais “antenado” ou seletivo vem ganhando espaço. Tendência que possivelmente se consolidará, exigindo de nossos profissionais cada vez mais especialização, preparo e discernimento em suas obras.
Esse estigma talvez perdure a vida toda, um bom e um mau texto, criativo ou comum, visto que a leitura é totalmente interligada a visão de mundo de quem lê, estamos condenados a não ter uma resposta. Portanto o perfeito é subjetivo e logo se tratando de pessoas, a confusão certamente é grande.
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