5 de junho de 2009

Personalidade do Passado

Carlos Lacerda

Carlos Frederico Werneck de Lacerda nasceu em 30 de abril de 1914, na cidade de Vassouras, Rio de Janeiro. Foi um jornalista e político brasileiro, tendo sido membro da União Democrática Nacional (UDN) e governador do estado da Guanabara. Fundador , em 1949, e proprietário do jornal Tribuna da Imprensa e criador, em 1965, da editora Nova Fronteira.

Em 1929, cursou Ciências Jurídicas e Sociais da atual Faculdade Nacional de Direito, da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Durante esse período, participou ativamente do movimento estudantil de esquerda no Centro Acadêmico Cândido de Oliveira e devido ao seu grande envolvimento, abandonou o curso em 1932.

Tornou-se militante comunista, e sua primeira ação contra o governo de Getúlio Vargas implantado com a revolução de 1930, deu-se em janeiro de 1931, quando planejou, junto com outros comunistas, incentivar marchas de desempregados no Rio de Janeiro e em Santos durante as quais ocorreriam ataques a lojas comerciais . A conspiração comunista foi descoberta e desbaratada pela polícia, liderada por João Batista Luzardo.

Inimigo político de Getúlio Vargas, Carlos Lacerda foi o grande coordenador da oposição à campanha de Getúlio à presidência em 1950, e durante todo o mandato constitucional do presidente, até agosto de 1954.

Lacerda participou ainda de nova tentativa de golpe de estado, em 1955, quando uniu-se aos militares e à direita udenista para impedir a eleição e a posse do presidente eleito Juscelino Kubitschek e de seu vice-presidente, João Goulart.

Com a transferência da capital para Brasília, candidatou-se ao governo do recém-criado estado da Guanabara. O seu governo do antigo estado destacou-se pela construção de grandes obras que mostraram suas habilidades de administrador e consolidaram a simpatia da classe-média.

Foi um dos líderes civis do golpe militar de 1964, porém se voltou contra ele em 1966, com a prorrogação do mandato do presidente Castelo Branco. Foi cassado em 1968 pelo regime militar.

Morreu na madrugada 21 de maio de 1977, em uma clínica particular, após ter contraído uma gripe comum.

Fundou a editora Nova Fronteira em 1965, que publicou importantes autores nacionais e estrangeiros, inclusive o Dicionário Aurélio de 1975 até 2004.




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